Coluna SESCAP-LDR na Folha de Londrina: "Empresários investem na gestão multigeracional"

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18 de agosto de 2025

Coluna SESCAP-LDR na Folha de Londrina: "Empresários investem na gestão multigeracional"

Pressionados pela reforma tributária de 2025 e pela busca por produtividade, escritórios de contabilidade e escritórios jurídicos aceleram a profissionalização da gestão. O movimento passa por tecnologia aplicada, processos claros, indicadores de desempenho e uma cultura que combina autonomia com responsabilidade, capaz de integrar profissionais de diferentes gerações sob um mesmo padrão de entrega.

O contador e palestrante Lucas Lima, conhecido como o "Contador Revoltado", defende a migração do operacional para um atendimento consultivo. "O empresário contábil deve atuar como estrategista de negócios. Em vez de limitar-se ao compliance, o escritório passa a oferecer diagnóstico tributário-financeiro contínuo, projeção de fluxo de caixa, análise de margens por cliente e simulações de cenários pós-reforma, com reuniões executivas mensais e relatórios que traduzem dados em decisões", ressalta Lima.

Segundo Lucas, a Inteligência Artificial atua como motor silencioso dessa entrega: automatiza conciliações e validações, cruza bases para identificar anomalias, sintetiza padrões de gasto e receita e sustenta pareceres com evidências, liberando horas para interpretar, orientar e negociar.

No campo da liderança, a diretriz é abandonar o microcontrole e adotar rituais de gestão que garantam clareza e previsibilidade. Metas objetivas, indicadores semanais, reuniões curtas de acompanhamento, delegação por competência e feedbacks frequentes reduzem retrabalho, evitam o "modo mutirão" e liberam o dono do negócio para a estratégia.

"Empoderar não é largar. É dar clareza. Autonomia só funciona com direção clara e responsabilidade explícita", diz o especialista em gestão Fabiano Zanzin, ao defender rotinas que sustentem o protagonismo das equipes sem confundir autonomia com ausência de direção.

Outro fator importante dentro das empresas é a convivência multigeracional, uma vez que o atual cenário do mercado de trabalho é composto por 4 gerações: Baby Boomers (nascidos entre 1946 e 1964); Geração X (nascidos entre 1965 e 1984); Millennials (Geração Y, nascidos entre 1985 e 2000) e a Geração Z (nascidos após 2000).

De acordo com os especialistas, é necessário entender o perfil de cada geração e valorizar as qualidades que cada uma pode trazer para o ambiente empresarial. Isso requer pactos operacionais simples e explícitos: padrões de comunicação e prazos válidos para todos, mentoria cruzada em que os mais experientes transferem contexto regulatório enquanto os mais jovens impulsionam a fluência digital, e um calendário de aprendizagem contínua em temas críticos como reforma tributária, IA e atendimento consultivo, com checkpoints definidos e responsabilidade clara por resultados, sempre ancorada em dados e não em percepções.

"Os gargalos mais comuns são a falta de processos, tarefas mal distribuídas, centralização excessiva no sócio e gestão pela emoção. A correção de rota combina mapeamento de fluxos, medição de produtividade, tempo de ciclo e retrabalho, além de um reposicionamento do portfólio para serviços de maior valor agregado", destaca Zanzin.

 

Fonte: Jornal Folha de Londrina | Sindicato das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações, Pesquisas e de Serviços Contábeis de Londrina e Região (SESCAP-LDR)